As Máximas do Barão que não Era Barão

 

Aparício Torelly nasceu em 1895 no Rio Grande do Sul, mas foi no Rio de Janeiro que fez sua carreira como um dos mais importantes jornalistas da história do Brasil. Dono de um humor ácido, Aporelly - como era chamado pelos mais chegados - ou Barão de Itararé, título dado por ele mesmo, nos legou através do seu lendário jornal A Manha inúmeras pérolas de sabedoria (e irreverência). Eis algumas delas:

"O voto deve ser rigorosamente secreto. Só assim o eleitor não terá vergonha de votar no seu candidato."

"Houve um tempo em que os animais falavam; hoje eles escrevem também."

"O fígado faz muito mal à bebida."

 

"De onde menos se espera, daí é que não sai nada."

"O burro, afinal, é um cavalo, mas com idéias próprias e convicções inabaláveis."

"A forca é o mais desagradável dos instrumentos de corda."

"Quando pobre come galinha, um dos dois está doente."

"Os juros são o perfume do capital."

"Quem só fala dos grandes, pequeno fica."

"Tudo seria fácil se não fossem as dificuldades."

(Retirado de O Barão de Itararé - As Duas Vidas de Aparício Torelly, de Claudio Figueiredo)