Estou longe de terminar a leitura da obra, mas registro algumas notas:
Introdução
- O objetivo do livro é rastrear as origens da fé de nossa época: a fé revolucionária;
- Dogma: a crença de que a ordem secular perfeita surgirá da derrubada violenta da autoridade tradicional;
- Sacerdotes: os revolucionários forjadores de uma nova tradição;
- Contexto histórico: fim do século XVIII (Revolução Francesa) até o início do século XX (Recolução Russa);
- É típico do revolucionário europeu do século XIX ser um pensador entusiasmado por 'ideias';
- Conclusões gerais do autor: 1. A fé revolucionária foi moldada pelo ocultismo e proto-romanismo da Alemanha: "Essa fé foi incubada na França durante o período revolucionário junto a uma pequena subcultura de literatos que estavam imersos no jornalismo, em sociedades secretas e que logo depois se deslumbraram com 'ideologias' enquanto sucedâneos seculares da crença religiosa." (pág. 96); 2. Os revolucionários profissionais buscaram, durante a Revolução Francesa, a subversão das palavras liberdade, igualdade e fraternidade.
- LIBERDADE: ligada às revoluções anteriores (Holanda do século XVI; Inglaterra do século XVII; Estados Unidos do século XVIII);
- IGUALDADE: relacionada ao socialismo;
- FRATERNIDADE: realacionada ao nacionalismo;
- O imaginário revolucionário foi influenciado, ao longo do século XIX, pelo exemplo nacional francês e o ideal republicano;
- Conceitos dominantes: 1. Nacionalismo revolucionário; 2. Revolucionários sociais;
- Os revolucionários sociais desafiaram os naconalistas após as revoluções de 1820, criando-se uma tradição socialista (mudança da causa nacional para social);
- "Não menos fatal que o cisma entre revolucionários nacionais e revolucionários sociais foi o conflito, no seio dos revolucionários sociais, entre Marx e Proudhon, iniciado em 1840". (pág. 17);
- A tradição revolucionária como oposição político-ideológica ao catolicismo autoritário (França, Itália e Polônia) e autocracias fundamentadas religiosamente (Prússia luterana, Rússia ortodoxa);
- Os revolucionários mais devotos e profissionais tenderam a se tornar a mais excepcional forma de crente convicto: o militante ateísta da nascente religião secular;
- "A chama da fé começará suas migrações um século antes (meados do século XVIII), quando alguns aristocratas europeus transferiram suas velas acesas de altares cristãos para lojas maçônicas." (pág. 19);
Cap. 1 - Encarnação
- Profecia (IDEIA - Iluminismo) e encarnação (FATO - Revolução Francesa) - Segunda Vinda de 1917 (Revolução Russa);
- A revolta holandesa contra a autoritária Espanha foi chamadade primeira revolução moderna e “mais antiga expressão moderna de idéias democráticas”. (pág. 38);
- A crise da consciência européia no fim do século XVII: cansaço de conflitos religiosos; entusiasmo com o método científico moderno;
- O Iluminismo do século XVIII começou a ver a antiguidade greco-romana como alternativa secular à cristandade;
- O termo 'revolução gloriosa' (Inglaterra em 1688) introduziu, pela primeira vez, a revolução num ideal político;
- A importância da Revolução Francesa: 1. Representou uma sucessão de novidades sem precedentes; 2. Criou-se novo léxico políticop centrado na palavra 'democracia' e numa nova compreensão da revolução como fonte sobre-humana que conduz a história humana. (pág. 43)
- A Revolução Francesa em sua essência foi o fato bruto que originou a crença moderna de que a revolução secular é históricamente possível;
Nenhum comentário:
Postar um comentário