Discurso Sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens
Jean-Jacques Rousseau
1775
. Rousseau teve uma infância conturbada:
. Perdeu a mãe ainda muito jovem, sendo criado por sua tia e
pelo pai inconstante;
. Era avesso a qualquer tipo de autoridade;
. Conseguiu fama aos 38 anos após ganhar uma competição
acadêmica;
·
Questão
proposta: ‘A restauração das ciências e das artes tende a purificar os costumes
morais?”
·
Rousseau
respondeu: “Não. Quanto mais civilizados ficamos, mais corruptos nos tornamos.”
. Como desdobramento dessa ideia, Rousseau escreve Discurso
sobre a origem da desigualdade entre os homens.
. O seu pensamento contribuiu para a formação do Romantismo
e do Nacionalismo,
da Revolução Francesa e do totalitarismo;
. Rousseau e seu “homem natural”:
·
O
homem primitivo de Rousseau era cortês, pacífico, inocente, despreocupado, um
chimpanzé alegremente libidinoso. O autor nos deu um novo Adão, arquétipo
ancestral do pacifista moderno, que se tornou o ideal social dos movimentos de “amor
livre”;
·
Relativiza
a questão moral: amor e família são construções civilizacionais – “Sexo
inteiramente livre de todas as consequências indesejadas”.
·
Não
apenas a moral sexual, mas toda a moral era antinatural: “Os selvagens não são
maus justamente porque eles não sabem o que é ser bom.”
. Diferença entre Rousseau e Marx/Engels:
·
Rousseau:
a civilização causa a nossa miséria, então o único meio de progredir era
regredir à condição selvagem do ser humano, longe das amarras artificiais da
sociedade;
·
Marx/Engels:
as conquistas e avanços civilizacionais levariam ao estágio comunista de
organização social.
·
O
pensamento de Rousseau liga-se ao de Marx/Engels no tocante ao surgimento da
propriedade privada como algo antinatural, gerando uma desigualdade social a
partir da divisão do trabalho;
·
“Como
a sociedade civil é baseada na injustiça e a lei é uma mera ferramenta para
manter ricos os ricos, a rebelião dos que não têm é sempre justificada”;
. Os males do pensamento de Rousseau:
1.
Ter
pavimentado o caminho do pensamento comunista;
2.
Corrompeu
a imagem que temos de nós mesmos:
· O homem moderno descartou a visão
metafísica/transcendente de si e de suas relações com o outro, aceitando a tese
de Rousseau do ‘homem-animal’ – preso a suas sensações - desprovido de qualquer
senso moral;
· O ‘homem natural’ ficou sendo a
história da origem humana;
3.
Com
o desencantamento da condição humana por parte do pensamento
moderno/iluminista, o homem limitou-se a condição de mero animal regido por
suas sensações primárias.
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