sábado, 31 de maio de 2025

Filosofia - Modelo de Aula

 

Sócrates e o nascimento da Filosofia

. A Filosofia surge da relação entre Sócrates e Platão;

·       Ordem da Sabedoria que Sócrates criou – Voegelin;

·       Sócrates criou uma ordem interna para se contrapor à ordem externa;

. Projeto Socrático:

·       A Sabedoria existe e é alcançável;

·       A luta do indivíduo contra a nossa alma;

·       Os nossos atos dão forma a nossa alma;

·       A Sabedoria é virtude com conhecimento;

·       Pretensão de autodomínio – “Conhece-te a ti mesmo.”;

·       Aceitar a realidade – o que quer que aconteça é a vontade da inteligência que coordena tudo o mais;

. Método de Sócrates – imagem do semeador (Fedro)

. Diálogo – conversa com outros indivíduos (lança sementes);

1.       Limpeza do Terreno: escuta atenta à fala do outro;

2.       Início da Tensão: primeiros questionamentos até a tensão do conhecimento da ignorância;

3.       Maiêutica (Teeteto): trazer a consciência ao interlocutor através de perguntas (aquilo que ele sabe);

·       Estabelecer a Ordem da Sabedoria em si próprio – estudar antes de opinar.

 

 

sexta-feira, 30 de maio de 2025

Como Escrever com Clareza - Notas do Curso

 


Notas Pessoais sobre o Curso de Pedro Sette-Câmara

Aula 1 – Como Saber o que Você quer Dizer?

. É necessário entrar em estado contemplativo (relaxar);

·       Sair sem objetivo aparente;

·       Ter tempo ocioso (não fazer nada);

·       Desacelerar a mente (sair da tecnologia).

. Página matinal – anotar no caderno o que vier à sua mente logo ao acordar;

·       Ter clareza sobre si próprio – identificar os limites de sua sensibilidade;

·       Não ter medo em assumir as próprias preferências.

. Quais são as coisas às quais eu sempre volto?

·       Descobrir o seu caminho – Buscar momentos contemplativos.


Aula 2

. Escrever um texto a serviço de uma ideia específica:

·       Se for longo, cada parte dividida do texto terá uma ideia (unidade);

·       Ter clareza sobre o que vai dizer/escrever.

. Informação – a ideia que você quer transmitir: é tudo aquilo que o outro não sabe (novidade)

. Redundância – são coisas que confirmam a informação: tornam a informação palatável (é o que já se sabe).

OBS: as informações mais difíceis de serem aceitas são as que vêm em desencontro às minhas certezas.

·       O formato faz parte da redundância;

·       Como colocar novas premissas ao senso comum?

·       Dificuldade em quebrar o orgulho alheio em assumir o autoengano.

. Para quem eu vou falar? De que maneira eu vou falar?

·       Descobrir algo seu através da contemplação;

·       Adaptar para seu público (saber para quem vai escrever);

·       Qual é o formato que vou utilizar? – artigo; algo fixo.

·       Partir do que o público já sabe para dar a ele um ponto de apoio;

·       Cortesia do escritor: pensar no que o público já sabe para que, a partir destas ideias, chegar às ideias do autor – conduzir mansamente.

Princípios gerais:

1.       Informação é tudo o que o outro não sabe;

2.       A informação para ser assimilada precisa de redundância.

·       O papel do escritor é ter clareza, ou seja, oferecer as duas coisas acima.

·       Como fazer isso? Escrever em formato conhecido pelo leitor; partir das ideias que o leitor já tem.

3.       Como fazer isso?

·       Escrever em formato conhecido pelo leitor;

·       Partir das ideias que esse leitor já tem.

·       É muito importante que cada frase motive o leitor a ler a frase seguinte. Se você tem alguma coisa a dizer, faça até o fim.


Aula 3 – Exemplo de bom texto (I)

. Crônica – Café, chá e abstrações (Olavo de Carvalho):

Ø  Técnica:

1.       Informação bombástica;

2.       Ilustração;

3.       Argumento central;

4.       Posicionamento pessoal;

. Obs: A leitura de crônicas é essencial para captar o clima de uma época.


Aula 04 – Exemplo de bom texto (II)

. A menina sem estrela (Nelson Rodrigues):

Ø  Começa com uma afirmação – imagens interessantes (vivacidade da linguagem);

Ø  O autor documenta o pensamento – memória voluntária e involuntária;

Ø  Controle de consciência x Fluxo de consciência.

Obs: Só é possível a misericórdia quando reconhecemos nossa própria miséria.


Aula 05 – Exemplo de mau texto (I)

. Aparência de profundidade (texto acadêmico):

§  Lição: tenha referências claras em seu texto.

 

Aula 06 – Exemplo de mau texto (II)

. Estilo “o medalhão”: tipo de texto que tenta ser respeitável:

§  O establishment é medalhão: não aceita questionamentos;

§  Escreve para os seus pares, ou seja, para quem sempre concorda;

§  O “medalhão" nunca escreve para chocar o seu leitor com verdades são percebidas ou esquecidas, mas apenas reitera o que todos sabem.

§  Ninguém descobre nada, apenas há continuidade de pensamento uniforme e inquestionável.

§  O “medalhão” nunca toca o problema real.

. Lições:

Ø  Sempre deixe muito claro a que se refere o infinitivo, ou seja, quem é o sujeito do seu infinitivo – identificar o Sujeito – Verbo – Predicado da estrutura do texto.

Ø  Usar “através” somente para aquilo que atravessa. Caso contrário, usar “por meio de”.

 

Aula 07 – Exemplo de mau texto (III)

. Estilo “a penteadeira velha”: é um tipo de texto que tenta soar bonito exibindo sentimentos sublimes – exibicionismo de bons sentimentos.


Aula 08 – Um Texto Apenas Confuso e Dois outros Problemas

. No título há uma promessa que não se cumpre no texto:

. Lições:

Ø  Tenha uma ideia clara sobre o que se deve escrever e coloque essa ideia nos primeiros parágrafos.

Ø  Se você tem alguma coisa importante a dizer, diga até o fim.

Ø  1º elemento de clareza: perceber que as palavras se referem às coisas. As palavras utilizadas devem realmente trazer coisas vivas à sua imaginação.

Ø  A experiência existe e ela pode ser descrita de diferentes maneiras;

Ø  O escritor descreve a experiência aos olhos da mente de seus leitores.

quinta-feira, 29 de maio de 2025

Revolução e Marxismo Cultural - Pe. Paulo Ricardo

 

Notas Gerais

Aula 2

Kant condenou a cultura ocidental à destruição, pois para ele:

·       O que está lá fora, o mundo em si, é irracional, caótico e descontrolado;

·       O que nós temos acesso é a coisa para mim (o fenômeno);

·       Este fenômeno é obra de um intelecto (não o de Deus), ou seja, meu intelecto – minhas categorias. Meu intelecto cria a ordem que é imposta à realidade pelo meu intelecto.

Obs: certos filósofos colocam-se no lugar de Deus quanto a compreensão da realidade.

Marxismo:

·       A ordem (superestrutura) imposta ao mundo irracional é determinada por classes sociais;

·       Gramsci: não existe o bem ou mal – porque a realidade é caótica (Kant) -, apenas o que atrapalha a revolução, ou seja, não existe verdade, mas o que é oportuno (lógica de Maquiavel).

·       Os escritos de Gramsci foram fundamentais na destruição cultural do Ocidente durante o século XX através da mudança do senso comum que guiava as sociedades. Não existe verdade, mas ideologia revolucionária disfarçada de marketing político.

Obs: é inútil debater com marxistas por causa de sua dialética erística.


Aula 03 – Escola de Frankfurt

A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) contribuiu para a crise teórica do marxismo, pois os trabalhadores uniram-se para lutar por seus países ao invés de lutarem contra os “opressores”:

·       O que alienou os trabalhadores? A cultura Ocidental, segundo Gramsci;

·       Objetivo da Escola de Frankfurt: estudar de que maneira a civilização Ocidental pode ser destruída.

·       Por cultura Ocidental entende-se a Moral Judaico-cristã; a Filosofia Grega e o Direito Romano que sustentam a sociedade capitalista norte-americana.

·       Para combater a cultura Ocidental, criam a Teoria Crítica cujo objetivo é criticar tudo o que sustenta a cultura Ocidental – Direito Romano; Capitalismo e, principalmente, o Cristianismo.

·       Adorno/Horkheimer – A Personalidade Autoritária: existe relação entre Fascismo e Capitalismo (civilização Ocidental);

·       Marcuse – Eros e Civilização (anos 50): influencia o pensamento pacifista hipie -“faça amor, não faça guerra”- através do casamento entre Marx e Freud. A moral judaico-cristã é castradora da sexualidade e, por não exercer sua plena sexualidade, o indivíduo fica agressivo gerando a guerra. Portanto, é preciso que o homem reprimido liberte-se das cadeias da moral religiosa e faça sexo.

Pensamento Gnóstico: há algo errado no mundo que foi feito por um deus mal, portanto devemos nos libertar através do verdadeiro conhecimento (GNOSE).


Aula 4 – Ardil Psicológico Marxista

O uso da inveja para desestabilizar a sociedade através da ideia do “excluído social”.


Aula 5 

Para a Escola de Frankfurt, a cultura seria a exteriorização da religiosidade humana;

Teologia da Libertação: imanentização do Cristianismo – a religião usada como engenharia social;

Feuerbach: a religião é a antropologia alienada; todo o conteúdo transcendente da religião pode se tornar imanente (esvaziamento espiritual); deste modo, retira-se o sentido da vida após a morte para trazê-lo ao mundo material – político, social, do dia-a-dia.

Sentido: está fora do objeto ou do ser, deste modo, o sentido deste mundo está fora dele (o transcende) – Filosofia Clássica.

·       O marxismo joga o sentido do mundo para o futuro: a promessa do mundo perfeito através da revolução.

OBS: A Teologia é o compromisso da religiosidade cristã com a racionalidade filosófica. O que me foi revelado por Deus não contradiz minha razão, mas a eleva e a aperfeiçoa.

·       Ideologia: são ideias e reflexões que justificam interesses de classe visando algum tipo de engenharia social.

·       Lógica Revolucionária: bom é aquilo que ajuda a revolução; os revolucionários estão além do bem e do mal; primado da práxis sobre a teoria.

Paul Ricoeur – Os Mestres da Suspeita:

·       O que é razão?

1.       Nietzsche: razão é ilusão; 2. Freud: razão é racionalização; 3. Marx: razão é ideologia.

Nenhum dos três crê que a razão possa conhecer a verdade.


Aula 6

Atualmente, a religião está limitada a simbolismos relativistas a partir de jogos de palavras bem articuladas.

terça-feira, 27 de maio de 2025

Seis Personagens à Procura de um Autor - Pirandello

 

Notas sobre a Obra

“A Consciência moderna parece um angustiante sonho. Uma desesperada investida em que milhões de bandeiras agitam-se por um momento e, imediatamente, desaparecem por serem substituídas por outras. Em que os adversários estão confusos e misturados. E todos lutam por si mesmos, em sua própria defesa, contra amigo e inimigo.” (Luigi Pirandello, Arte e Consciência de Hoje)

. Pirandello é da Sicília, região pobre da Itália (equivalente ao Nordeste brasileiro);

·       Viveu à época do Risorgimento – movimento político nacionalista italiano do século XIX;

·       O autor foi melhor dramaturgo que romancista;

·       Foi o maior renovador do teatro italiano e uma das maiores influências do teatro moderno;

·       Seis Personagens à Procura de um Autor é sua melhor peça;

·       A estreia da peça se deu em 1921;

. A obra de Pirandello versa, principalmente, sobre o problema da identidade humana:

·       A peça em questão é sobre meta-teatro, uma invenção do século XX;

·       Frase-chave da peça: “É exatamente isso! Dar vida a seres mais vivos que aqueles que respiram e vestem roupas! [As personagens são] Menos reais, talvez, porém mais verdadeiros.”

·       As personagens são abstrações que só existem no papel, porém, nesta peça, são reais (personificadas);

. O fio condutor da peça é o desejo das personagens existirem nos atores;

·       A personagem não existe no tempo, mas fora dele na Eternidade;

·       “A arte é mimesis (imitação) da vida.” Aristóteles;

. O que é o ator? É alguém que assume personagens que não são ele mesmo;

·       Qual o problema do ator? Ele só existe em função das personagens.

·       O que marca a personalidade dos atores na peça é a arrogância, pois acham que as personagens dependem deles (atores) para existirem.

. O que é a personagem? São esquemas abstratos que existem apenas na ficção.

·       Qual é o problema da personagem? Ela precisa necessariamente de um autor.

·       As personagens parecem mais humanas que os atores, porque representam a humanidade propriamente dita;

OBS: As personagens devem ter uma série de características que lhes dão verossimilhança (parecer com a verdade);

. As personagens serão sempre as mesmas: imortais

·       As personagens são eternas, os atores são mortais.

·       A personagem estará para sempre presa ao mesmo destino: é prisioneira de si mesma;

. As personagens estão à procura de um autor (criador) que lhes deem SENTIDO.

·       O criador confere sentido à criatura;

·       Foi o autor que aprisionou as personagens aos seus destinos;

. Todas as peonagens da peça são pecadoras que estão aprisionadas na condição pecaminosa em que se encontram;

·       As personagens estão à procura de um autor, ou seja, de um sentido existencial;

·       Elas estão revoltadas contra o Autor/Criador que os aprisionou numa determinada realidade ontológica;

. A rebelião fundamental do ser humano é metafísica: contra sua condição de criatura (personagem).

·       A peça é uma ilustração simbólica do dilema existencial humano com a sua condição de criatura (personagem) e criador (autor);

·       O problema central do ser humano é saber qual é o seu limite como criatura (personagem) e qual o seu potencial como criador (autor).

Excertos selecionados da peça:

Diretor (furioso)

“Silêncio! E prestem atenção quando explico! (Virando-se para o ator principal) Sim, senhor, a casca; ou, em outras palavras: a forma oca da razão, sem o recheio do instinto, que é cego. O senhor é a razão e sua mulher, o instinto, num jogo de papéis preestabelecido, no qual você é, voluntariamente, o fantoche de si mesmo. Entendeu?”

Pai

“Mas todo o mal está nisso! Nas palavras. Todos trazemos dentro de nós um mundo de coisas: cada qual tem o seu mundo de coisas! E como podemos entender-nos, senhor, se, nas palavras que eu digo, coloco o sentido e o valor das coisas como são dentro de mim, enquanto quem as ouve lhes dá, inevitavelmente, o sentido e o valor que elas têm para ele, no mundo que traz consigo? Achamos que nos entendemos... e nunca nos entendemos! Veja: a minha compaixão, toda a minha compaixão por esta criatura (aponta a Mãe), ela a considerou a mais terrível das crueldades!”

“Senhor, cada um se veste com a sua dignidade por fora, diante dos outros; mas dentro de si sabe muito bem tudo de inconfessável que se passa no seu íntimo.”

“Bem, quero dizer... a representação que fará, mesmo pondo em prática todos os recursos d caracterização para ficar parecido comigo... acho que, com essa altura... (todos os atores riem) dificilmente poderá ser uma representação de mim, como realmente sou. Antes vai ser, pondo de parte o aspecto, mais como lhe parece que sou, como o senhor me sente, se é que me sente, e não como eu me sinto, dentro de mim. E creio que isso deve ser levado em conta por quem for chamado a nos julgar.”

Mãe

“Não! Acontece agora, acontece sempre! A minha tortura não é fingida, senhor! Estou viva e presente, sempre, em cada momento da minha tortura que se renova, sempre. Mas aqueles dois pequenos ali, o senhor os ouviu falar? Eles não podem mais falar! Ainda estão agarrados a mim, para manter viva e presente minha tortura: mas eles, para si mesmos, não existem mais!”

Pai

“O momento eterno, como já lhe disse senhor!” [A personagem vive sempre o momento eterno, fora do tempo.]

(Após observá-los, com um fraco sorriso) “Assim, como é! Qual outra realidade poderia ser? Aquela que para os senhores é uma ilusão por criar, para nós é a nossa única realidade. E não apenas para nós, acredite! Pense bem! (Olha nos olhos.) Sabe nos dizer quem é o senhor? (E continua com o indicador apontado para ela.)

“Um personagem, senhor, pode sempre perguntar a um homem quem ele é. Porque um personagem tem, verdadeiramente, uma vida sua, assinalada por caracteres próprios, em virtude dos quais é sempre ‘alguém’. Enquanto um homem, não me refiro ao senhor agora, um homem, assim, em geral, pode não ser ninguém.”

“Pensei que o tivesse compreendido desde o início.”

Diretor

“Mais real do que eu?”

Pai

Se a sua realidade pode mudar, de hoje para amanhã...

Diretor

Mas se sabe que pode mudar, é claro. Muda continuamente, como a de todo mundo!”

Pai

“Mas a nossa, não! Está vendo? A diferença é esta! Não muda, não pode mudar, nem ser outra, nunca, porque já está fixada para sempre (é terrível, senhor), esta realidade imutável, que devia fazê-los arrepiar ao se aproximarem de nós!”

domingo, 25 de maio de 2025

A Arte do Cinema - Notas

 


A Arte do Cinema – Uma Introdução

por David Bordwell

Parte 1 – A Arte do Cinema e a Realização Cinematográfica

. O Cinema é a manifestação artística mais recente da História humana: Música; Dança; Pintura; Escultura; Arquitetura; Literatura; Cinema – estabelecido por Ricciotto Canudo em seu ‘Manifesto das Sete Artes’.

. Problematização Arte (intelectual) x Entretenimento (superficial).  (pág. 30);

“O cinema é uma arte porque oferece aos cineastas meios para fornecer experiências aos telespectadores, e essas experiências podem ser valiosas independentemente de seu pedigree.”

. CINEMA = FILMES (ARTÍSTICO – TECNOLÓGICO – EMPRESARIAL);

. Como fazer filmes: 1. Tecnologia – 2. Negócios;

·       O cinema é uma arte cara;

·       Os cineastas estão condicionados à tecnologia de sua época;

. Fazendo um filme (Três Fases) – 1. Produção; 2. Distribuição; 3. Exibição.

1.     PRODUÇÃO (4 fases) - Cada estágio modifica os anteriores e realizado por profissionais especializados (na maior parte dos filmes);

. Roteiro e financiamento: é a fase inicial (Roteirista – intelectual/Produtor – financeiro; organizacional);

·       Produtor – conseguir verba para as filmagens;

·       Roteirista: dar solidez ao roteiro;

. Preparação: também conhecido como Pré-produção;

·       O DIRETOR juntamente com a equipe técnica (designer de produção; diretor de fotografia) estabelecem a pré-visualização das imagens – Storyboard;

. Filmagens: produção;

·       O diretor e seus assistentes coordenam as filmagens e o elenco;

·       O diretor dá forma à interpretação dos atores;

·       O diretor de fotografia, junto com o diretor, decide como cada cena será iluminada e filmada (Unidade de Fotografia);

·       Unidade de Som: técnico de som responsável pela captação dos diálogos durante as filmagens;

·       Unidade de Efeitos Visuais: coordenada pelo supervisor de efeitos visuais – responsável pela composição de planos de fundo.

. Composição (Pós-produção) – começa após a conclusão das filmagens, porém a equipe trabalha nos bastidores durante as gravações.

·       MONTADOR: figura central no processo; é responsável por colocar as imagens em sequência;

·       Editor de Som (escultor sonoro): após a edição, cria-se a trilha sonora. Muito pouco dos barulhos que ouvimos num filme foi gravado durante as filmagens;

·       O editor de som adiciona efeitos sonoros tirados de uma biblioteca de sons;

. Os modos de produção cinematográfica:

·       Produção em larga escala: cinema de estúdio (divisão de trabalho semelhante a uma linha de montagem);

“Na produção em estúdio, especialistas qualificados colaboram para criar um produtor único ao mesmo tempo em que têm de aderir a um plano preparado pela administração.” (pág. 69).

. Produção independente:

·       Maior liberdade artística, porém com poucos recursos;

·       Trata de assuntos que geralmente são ignorados pelos grandes estúdios;

·       Mais intimista e controverso.

. Produção em pequena escala:

·       Filmes feitos por poucas pessoas, em alguns casos, por apenas uma;

·       Permite que o cineasta mantenha o projeto sob controle cerrado.

. Implicações criativas: quem seria o autor de um filme?

·       Ao diretor cabe as principais decisões criativas do filme: “Na maioria das vezes, é o diretor que molda a forma e o estilo único de cada filme, sendo esses dois componentes fundamentais para o cinema enquanto arte.”

 

1.     DISTRIBUIÇÃO: empresas de distribuição formam o núcleo do poder econômico na indústria cinematográfica comercial;

·       Assumem os riscos financeiros do projeto;

·       Estão ligadas à multinacionais do setor de entretenimento.

 

2.     EXIBIÇÃO:

·       É a apresentação pública da obra;

·       Realizada em salas de cinema; TV (aberta e a Cabo); DVD/Bluray.


quinta-feira, 22 de maio de 2025

Os 10 Mandamentos do Xadrez

 



1. Preferir o xadrez a todos os demais jogos.

2. Propagar suas virtudes.

3. Refletir sobre as jogadas sempre antes de executá-las.

4. Não molestar de nenhuma forma o nosso adversário.

5. Não intervir numa partida na qual não está jogando.

6. Utilizar com cuidado o material de jogo: não golpear as peças, o tabuleiro ou o relógio.

7. Não se retirar de uma competição sem um motivo justificado.

8. Acatar o regulamento do jogo e as decisões dos árbitros.

9. Saber perder com humildade e dar a mão a nosso adversário após a derrota.

10. Estreitar laços de amizade entre todos os enxadristas do mundo, tal como reza o lema da FIDE: Gens una sumus (Os enxadristas formam uma só família).

sábado, 17 de maio de 2025

Confissões de um Colecionador

 


Comprei meu primeiro filme em DVD no longínquo ano de 2005. Desde então não parei mais. Cheguei a ter mais de 1500 filmes originais em minha coleção. Muitos foram vendidos ou trocados nas minhas várias idas e vindas pelos sebos do centro do Rio de Janeiro. Olhando em retrospectiva - e lá se vão 20 anos como colecionador da Sétima Arte - aprendi que a seleção é mais importante que a quantidade. 


Os filmes foram, e ainda são, cruciais na formação das imagens que comandam nossa maneira de pensar e agir. Basta levar em consideração a quantidade de horas que passamos - e passaremos - assistindo-os. Quantas opiniões e atitudes que tomamos em nossa vida foram influenciados por uma cena, um personagem, um diálogo, uma trilha sonora...


Sempre vou à Feira de Caxias - famosa por se encontrar de tudo nela - e quase sempre volto com filmes para casa. Na minha última incursão cinéfila, comprei a clássica trilogia Star Wars em belíssimas edições duplas. Tamanha foi minha surpresa ao encontrar a nota fiscal de compra num dos DVDs. Fiquei embasbacado contemplando as informações contidas nesse documento que, para um colecionador, é a certidão de nascimento do item amado e, por isso, colecionado.

Imaginei o quão importante foram os filmes para a pessoa que os comprou na época: terá sido para presentear alguém ou era apenas mais um irmão colecionador? Especular a resposta é o que enriquece a pergunta. A nota - ou mehor a certidão de nascimento - consta 8 de outubro de 2006 como o dia de nascimento daqueles filmes na vida de quem os comprou. Eis a magia de se colecionar filmes - e notas fiscais.



domingo, 11 de maio de 2025

Stallone: o Último Grande Herói

 


O que há em comum entre Orson Welles, Charles Chaplin e Sylvester Stallone? Simples. São artistas. Foram os únicos da história de Hollywood a serem indicados nas categorias de melhor ator e roteirista numa mesma edição do Oscar. 

Eu tenho o prazer de estar incluso no número de crianças cujas tardes vazias foram preenchidas, durante os anos 90, com os filmes marcantes do diretor, roteirista e ator Sylvester Gardenzio Stallone. Eis os filmes que mais aprecio do Garanhão Italiano. 

ROCKY, UM LUTADOR (ROCKY, 1976)

Simplesmente genial. Um dos maiores personagens da história do cinema e, sem dúvida, uma das maiores franquias já feitas. Quem nunca assistiu um filme da série? A saga de Rocky Balboa confunde-se com a do seu criador. Stallone escreveu o roteiro de Rocky em três dias e meio, após ter assistido à luta entre Muhammad Ali e Chuck Wepner na TV. Na época, Stallone passava por dificuldades financeiras. Mesmo assim, recusou diversas ofertas pelo roteiro, exigindo que ele próprio interpretasse o papel principal. O filme foi indicado em dez categorias do Oscar de 1977, levando a estatueta de Melhor Filme.

 

RAMBO – PROGRAMADO PARA MATAR (FIRST BLOOD, 1983)

Um dos maiores filmes anti-guerra já feitos por Hollywood. Stallone interpreta o soldado da Guerra do Vietnã, John Rambo que se vê discriminado em seu próprio país. Nunca é demais revê-lo. Prestem atenção à seqüência final, pois Stallone prova o quanto passa longe de ser um mero estereótipo de filmes de ação.


F. I. S. T. (1978)

Filme pouco conhecido de Sly aqui no Brasil. Johnny Kovak (Stallone) é um operário idealista que passa a integrar o Sindicato Interestadual de Caminhoneiros onde enfrenta uma série de dilemas morais na medida em que se torna líder do movimento sindical. É mais um filme onde Sly demonstra sua versatilidade como ator.

 

STALLONE COBRA (COBRA, 1986)

“Você é uma doença e eu sou a cura.” Uma das frases mais clássicas da história do cinema. Quem nunca a repetiu? O Tenente Marion ‘Cobra’ Cobretti foi o mentor do Capitão Nascimento.

 

FALCÃO – O CAMPEÃO DOS CAMPEÕES (OVER THE TOP, 1987)

Clássico absoluto da Sessão da Tarde é um dos filmes mais singelos do astro. O caminhoneiro Lincoln Falcão tem dois objetivos: recuperar o tempo perdido com seu filho mimado e conquistar o campeonato nacional de queda de braço. Um filme simplório, porém marcante.

 

CONDENAÇÃO BRUTAL (LOCK UP, 1989)

O filme conta a história do injustiçado Frank Leone (Stallone). Faltando poucos meses para ganhar sua liberdade, Leone é transferido para uma prisão de segurança máxima dirigida pelo linha dura Warden Drumgoole (o sempre eficiente Donald Sutherland). Na nova penitenciária, Leone viverá o inferno nas mãos do diretor. A seqüência da cadeira elétrica é memorável.

 

FUGA PARA A VITÓRIA (VICTORY, 1981)

Imagine um time de futebol com as lendas Pelé, Bobby Moore, Osvaldo Ardiles e, como goleiro, Stallone. O roteiro original do filme era baseado na história verídica ocorrida na 2ª Guerra, onde prisioneiros de guerra foram desafiados por soldados alemães para uma partida de futebol.

 

OS MERCENÁRIOS 2 (THE EXPENDABLES 2, 2012)

Stallone realizou o sonho de uma geração ao reunir no mesmo filme as lendas Arnold Schwarzenegger, Chuck Norris, Jean-Claude Van Damme, Bruce Willis e Dolph Lundgren. Precisa dizer mais alguma coisa?

 

TANGO E CASH – OS VINGADORES (TANGO E CASH, 1989)

Pelo título, algum desavisado pode achar que se trata de dois egressos do time de super-heróis Marvel. Ray Tango (Stallone) e Gabriel Cash (Kurt Russel impagável) são detetives que têm suas carreiras destruídas após se meterem numa enrascada armada por um chefão do crime. Atenção para a frase de Yves Perret (Jack Palance, numa atuação que deixaria Renato Aragão orgulhoso): “Tango e Cash. Cash e Tango. Quando não é o Tango, é o Cash. Quando não é o Cash, é Tango.”

 

A TABERNA DO DIABO (PARADISE ALLEY, 1978)

Marca a estréia de Stallone na direção. A história se passa na Nova York dos anos 40 e acompanha a saga dos irmãos Carboni. Stallone já demonstrava talento na direção de dramas. O filme conta ainda com o ator Armand Assante em grande forma.

 

COP LAND (1997)

Stallone vive um xerife frustrado numa cidadezinha habitada por vários policiais. Com o passar do tempo, ele descobre que o pacato vilarejo esconde uma teia de corrupção e assassinato envolvendo os policiais. O elenco ainda conta com Robert De Niro, Harvey Keitel, Ray Liotta e Robert Patrick. Uma das melhores interpretações de Sly.


Algumas curiosidades:

Duro de Matar (1988)Stallone recusou o papel principal do policial duro na queda interpretado por Bruce Willis. Ainda bem!!! Já pensou não termos Bruce Willis como John McClane.

Superman: O Filme (1978)Até hoje não se sabe se Sly recusou o papel ou se foi apenas cotado para o papel do herói.

Um Tira da Pesada (1984)Após ter conseguido o papel, Stallone sugeriu algumas mudanças no roteiro tirando as cenas cômicas e trocando pela ação. O projeto foi alterado e acabou caindo no colo de Eddie Murphy (ainda bem, de novo!!!)

Uma Linda Mulher (1990)Stallone recusou o papel do empresário que se apaixona por uma garota de programa.

Atividade de Criação com Machado de Assis

Veja como é original o capítulo XLV de Memórias Póstumas , onde Brás Cubas fala do enterro de seu pai: "Soluços, lágrimas, casa armada,...